quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MOMENTO ECONÔMICO SETEMBRO E OUTUBRO/09

Como previsto no artigo anterior em setembro, o Volume de Vendas do comércio varejista do estado da Bahia apresentou crescimento de 7,0% em relação ao mesmo mês de 2008, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio - (PMC) realizada, em âmbito nacional, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e divulgada, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI.
Em comparação com o mês de agosto de 2009, houve incremento de 1,4%. Neste ano, setembro foi o nono mês consecutivo em que o comércio baiano apresentou resultado positivo. A taxa apurada nesse mês deixa evidente que os reflexos da crise econômica internacional foram superados.
Desde os primeiros meses do segundo trimestre deste ano, o comercio varejista do estado da Bahia vem registrando taxas de crescimento expressivas, no acumulado de janeiro a setembro de 2009 a expansão é de 5,5% no Volume de Vendas. Esse resultado teve como base comparativa igual período de 2008 e, nos últimos 12 meses (out/08 a set/09), o varejo baiano expandiu-se (5,9%).
O comércio varejista da Bahia vem apresentando desempenho satisfatório, alicerçado principalmente no aumento do crédito para financiamento, nas medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo federal e na criação de postos de trabalho no estado. Em setembro, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) demonstraram que a geração de emprego com carteira assinada no estado da Bahia foi recorde para esse mês (10.765), considerada duas vezes superior à registrada em igual período de 2008.
Em setembro, dos oito ramos de atividade que compõem o indicador do varejo, cinco apresentaram variações positivas. Os segmentos de Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Hipermercados, supermercados, produtos, alimentícios, bebidas e fumo permaneceram registrando as mais significativas contribuições no Volume de Vendas. Dentre os fatores que vêm impulsionando os negócios nesses segmentos, destaca-se:
a) A melhoria do poder de compra da população, principalmente da camada de baixa renda;
b) A queda ou estabilização de preços dos alimentos;

Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio - PMC, em setembro de 2009, confrontados com igual mês de 2008, demonstraram que, mais uma vez, os principais aumentos no Volume de Vendas couberam aos segmentos de Outros artigos de uso pessoal e doméstico 37,1%, Hipermercados,supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 10,3%, Artigos farmacêuticos, médicos,ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 7,9% e Móveis e eletrodomésticos 5,7%.
Após oito meses seguidos, neste ano, apresentando variações negativas, em setembro, a pesquisa apurou crescimento de 2,4% nas vendas do ramo de Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação. Por outro lado, o segmento de Tecidos, vestuário e calçados manteve variação negativa (-1,5%). Desde janeiro de 2009 que esse ramo vem revelando constantes resultados negativos.Por sua vez, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria que por longo período vinha apresentando expressivas taxas de expansão nas vendas, em setembro, registrou recuo de -12,2%. Mas, no acumulado do período, janeiro-setembro, a taxa situou-se em 13,9%. Também, o ramo de Combustíveis e lubrificantes apresentou queda (-1,9%). Nos segmentos que não compõem o indicador do varejo, os resultados foram os seguintes:
expansão de 25,7% nas vendas de Veículos, motocicletas, partes e peças, enquanto que às de Material de Construção mantiveram desempenho negativo (-6,7%).
Os resultados apurados para os oito segmentos varejistas que compõem o indicador
do varejo no estado da Bahia encontram-se abaixo:
Variação no Volume de Vendas no Varejo - BAHIA 2009
Classes e gêneros 1*semestre Jan a Set/09
Comércio Varejista 4,6 5,5
Combustíveis e Lubrificantes 0,9 1,1
Hipermercados, Supermercados, produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo 7,1 8,3
Hipermercados e Supermercados 5,9 7,2
Tecidos, Vestuário e Calçados -3,8 -3,0
Móveis e Eletrodomésticos -1,3 0,4
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 7 8,5
Livros, jornais, revistas e papelaria 10,1 13,9
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação -26,6 -24,6
Outros artigos de uso pessoal e doméstico 38,3 37,5
Veículos, Motos e Peças 5,3 7,6
Materiais de construção -10,2 -6,7
Fonte: IBGE/PMC
A rigor, com exceção do ramo Outros artigos de uso pessoal e doméstico que apresentou um pequeno recuo na comparação do acumulado até o primeiro semestre/09 (janeiro a junho), com o acumulado de janeiro a setembro/09, todos os outros segmentos do comércio varejista baiano apresentaram melhora nos indicadores. Isso demonstra que os meses de julho, agosto e setembro foram extremamente favoráveis para os segmentos.
Mesmo os setores que vinham acumulando quedas acentuadas (Tecidos, Vestuário e Calçados, Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, Materiais de construção) tiveram reduções de perdas, com destaque para o setor de Móveis e Eletrodomésticos que consegui reverter perdas acumuladas de -1,3%, para crescimento de 0,4%, (pouco, mas já demonstra a tendência de alta dos próximos meses). Esse setor, assim como o de Materiais de Construção e o de Veículos, Motos e Peças, foram os grandes beneficiados pelas medidas de redução de IPI do governo federal. Como a planilha demonstra dois apresentaram significativas avanços, ao passo que o de Materiais de Construção ainda patina, é bem verdade que sai de uma queda acumulada de -10,2% até junho, para queda de -6,7% até setembro já é um alento que os números podem zerar até o final do ano. “Crescimento” nulo ou pífio é melhor do que qualquer pequena queda.
Dados das vendas de materiais de construção no estado de São Paulo no mês de outubro revelam aumento de 2,44%, na comparação com setembro. Já na comparação com outubro de 2008, entretanto, o setor apurou queda de -12,59%. Essa queda vertiginosa em relação ao ano passado de deve, sobretudo a greve bancário que se estendeu por mais de 12 dias, trazendo imensos prejuízos, principalmente para as chamadas “lojas de bairro”, nas quais os consumidores classe C,D,E não contam com recursos como cartão, cheques e financiamentos. Em comunicado, a Abramat informa que a previsão para as vendas do setor em 2009 continua apontando para queda de -5% frente a 2008, número que pode ser revertido:
(1) Com o pagamento do décimo terceiro;
(2) Com a restituição do IRPF (mais de 1,0 bilhão de reais);
(3) Com o otimismo do consumidor;
(4) Com propagandas das revendas focando na realização do sonho de construção e reforma da casa;
Mesmo com a redução do IPI para 30 linhas ou itens, alguns materiais tiveram aumentos expressivos, a indústrias de PVC e de produtos feitos com alumínio, cobre e zinco sofreram reajustes de 12% e, até outubro, terão novos reajustes de 20%, totalizando um impacto de 30% em três meses. Além de tubos e conexões, estão sofrendo o impacto insumos de construção como janelas de alumínio, fechaduras, torneiras, pás de pedreiro, carrinhos de mão, enxadas, além é claro de produtos que dependem de embalagens como tintas por exemplo. o reajuste é explicado pela pressão do mercado internacional influenciada pela crise econômica, a despeito do dólar estar em baixa, essas indústria diminuíram bastante a produção e agora com o aquecimento das vendas mundiais, não há oferta suficiente.
Para esse último bimestre de 2009, a tendência é de crescimento mais significativo das vendas. Tradicionalmente, a proximidade do fim do ano gera bons negócios para o setor. Diante disso, as expectativas dos lojistas e de representantes do setor são de que o comércio baiano deverá encerrar 2009 acumulando crescimento ainda que pequenos.
Do lado das perspectivas, a Bahia gerou 7.443 novas vagas de emprego com carteira assinada, acumulando 62.183 novos postos formais nos dez primeiros meses de 2009. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado de outubro foi recorde histórico registrado pelo Caged para esse mês, sendo significativamente superior ao saldo registrado no mesmo mês em 2008, quando a Bahia eliminou 6.446 empregos. O setor de Serviços criou o maior número de vagas no mês 2.834, seguido do Comércio 2.592 e da Indústria de Transformação 2.117 postos. Em contraposição, a Agropecuária foi o único setor com resultado negativo, significativos -2.427 postos.
O resultado colocou a Bahia na quarta colocação entre os estados nordestinos, correspondendo a cerca de 15,1% do total dos postos de trabalho formais criados na região, atrás de Pernambuco (11.623), Ceará (11.044) e Alagoas (7.905). Já na comparação com os 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, no mês, a Bahia classificou-se como o décimo maior saldo, atrás de São Paulo 69.146, Rio Grande do Sul 19.596, Rio de Janeiro 16.705, Santa Catarina 16.142, Minas Gerais 15.898, Paraná 13.427, Pernambuco 11.623, Ceará 11.044 e Alagoas 7.905.
A distribuição dos novos empregos entre a região metropolitana e o interior do estado ficou equilibrada este mês. O interior do estado registrou um saldo de 3.834 empregos, o que equivale a 51,5% do total estadual. A Região Metropolitana de Salvador (RMS) gerou 3.609 postos de trabalho com carteira assinada, representando 48,5% do saldo de empregos baiano. Dentre os municípios da RMS, Salvador (3.337) e Lauro de Freitas (928) foram os maiores geradores de postos de trabalho com carteira assinada no mês. No grupo dos municípios pertencentes ao interior do estado, destacaram-se Feira de Santana 1.354 e Itapetinga 655.
Em resumo, mais emprego gera dinheiro em circulação, somados ao décimo e a restituição do “leal” a estratégia que tem que permear é atrair o consumidor para loja, a briga maior, eu entendo que passa a ser mais entre os setores, do que dentro dos próprios setores, ou seja, o consumidor com dinheiro na mão, ou crédito disponível, vai gastar ou com eletrodoméstico, ou vestuário, ou celular, ou MATERIAL DE CONSTRUÇÃO entre outros bens. Os setores que mais fazem propaganda (móveis e eletrodoméstico, carros e motos e vestuários) consequentemente vão sem os que mais vão lucrar.
O setor de MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ainda carece de grandes empresas que possam fazer propagandas massiçamente de forma a encantar o consumidor a priorizar a construção e reforma do lar em detrimento de outros bens de consumo. Talvez por isso o setor vem apresentando índices negativos e demorando tanto na retomada de crescimento.
Fonte: SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Salvador: SEI, 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ECONOMIA BAIANA PRIMEIRO SEMESTRE/09 E PERSPECTIVAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE/09.

Análise do desempenho das economias brasileira e baiana no primeiro semestre de 2009, e as expectativas para o segundo semestre de 2009, levando-se em conta os “pequenos” sinais de retomada da atividade econômica do país, após a crise financeira internacional.
Começando pela ordem, a produção industrial baiana acumulou taxas negativas de -10,2% nos primeiros seis meses de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, ou seja, de janeiro a junho. E queda de -5,0% nos últimos 12 meses.
O ritmo de queda da produção baiana nesse primeiro semestre de 2009 é atribuído ao comportamento negativo apresentado pela indústria extrativa (-5,6%) e pela indústria de transformação (-10,4%). O acentuado declínio desse último setor veio de seis das nove atividades pesquisadas, com destaque para: refino de petróleo e produção de álcool (-25,5%), procedente da queda na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis e nafta para petroquímica; metalurgia básica (-23,8%), proveniente da redução da barra de ferro, perfis e vergalhões de cobre e lingotes, blocos tarugos ou placas de aços ao carbono; produtos químicos (-5,9%), em função do declínio de dióxido de titânio e hidróxido de sódio (soda cáustica) ou de potássio. As maiores contribuições positivas foram observadas em alimentos e bebidas 2,8% e minerais não metálicos 7,4%, em conseqüência do aumento na fabricação de farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja bruto; e massa de concreto preparada para construção (concreto usinado) e ladrilho e placa cerâmica, respectivamente.
O principal reflexo dessa retração na atividade industrial, foi a diminuição do nível de emprego no setor. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salários (PIMES) do IBGE, no final do primeiro semestre/09, o nível de pessoal ocupado acumulado decresceu 2,7%.
Agora vamos falar do nosso setor, o volume de vendas do comércio varejista nacional, na comparação com igual período do ano anterior (janeiro a junho/09 x janeiro a junho/08) teve crescimento acumulado de 5,6%. No primeiro semestre deste ano, o comércio acumulou crescimento de 4,4%, enquanto nos últimos 12 meses, esse crescimento foi de aproximadamente 6,0%. Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo IBGE.
A desaceleração verificada no ritmo de crescimento das vendas provém das restrições ao crédito, dado o aumento da inadimplência tanto no comércio varejista como no mercado financeiro, e da deterioração da confiança dos consumidores.
Falando da BAHIA, o comércio varejista, segundo dados da PMC, apresentou crescimento acumulado de 4,6%, em comparação com igual período de ano anterior. Já em relação aos últimos doze meses o crescimento registrado foi de 6,3%,
Variação no Volume de Vendas no Varejo - BAHIA 2009
Classes e gêneros 1*semestre 12 meses
Comércio Varejista 4,6 6,3
Combustíveis e Lubrificantes 0,9 5,8
Hipermercados, Supermercados, produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo 7,1 5,9
Hipermercados e Supermercados 5,9 4,5
Tecidos, Vestuário e Calçados -3,8 -5,1
Móveis e Eletrodomésticos -1,3 5,8
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 7 8,7
Livros, jornais, revistas e papelaria 10,1 21,8
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação -26,6 -11
Outros artigos de uso pessoal e doméstico 38,3 32,7
Veículos, Motos e Peças 5,3 6,3
Materiais de construção -10,2 0,3

O setor de Construção Civil na Bahia acompanhou a expansão do setor em todo o País. Em 2008, o PIB do setor no Estado cresceu 8,4%. No primeiro trimestre de 2009, o crescimento foi de 0,6%. Já o número de vagas formais da construção civil na Bahia, no primeiro semestre de 2009, foi igual a 6.602, correspondente a 36,8% do total de vagas de emprego formais da Bahia. Ainda assim, na verdade houver uma redução de -43,7% no número de empregos gerado pela construção civil em relação ao mesmo período de 2008.
A Região Metropolitana de Salvador, no primeiro semestre de 2009, foi responsável pela criação de 3.992 vagas formais de trabalho. O valor total de financiamentos imobiliários (construção, reforma e aquisição), com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), foi de R$ 357 milhões, de janeiro a maio de 2009. Esse volume financeiro, fez da Bahia o estado com maior participação (34%) do total de financiamentos imobiliários no Nordeste. Em relação ao Brasil, a participação da Bahia foi de 3,2%, ficando atrás de SP, DF, RS, RJ, MG, PR e SC.
Foram liberados pela Prefeitura de Salvador de janeiro a julho de 2009, 1.026.261,84 m², enquanto que no mesmo período de 2008 foram liberados 1.759,471,62 m², retração de -41,67%. O consumo de cimento no ano 2008 aumentou 10,5% com relação a 2007, (Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC)). Já no período de janeiro a abril de 2009, em relação à igual período de 2008, houve uma redução de -4,2% no consumo.
Trabalho, emprego e renda - A tímida recuperação do mercado de trabalho no primeiro semestre de 2009 pode não ter sido a esperada, no entanto, a retomada na margem do nível de atividade no segundo trimestre cria expectativas de expansão da oferta de vagas de trabalho nesse segundo semestre. No final do primeiro semestre de 2009, o mercado de trabalho experimentou reduções na taxa de desemprego e aumento da oferta de ocupações com incremento nas ocupações formais. De janeiro a julho de 2009 o saldo de carteiras assinadas (empregos – desempregos) alcançou 437.908 postos de trabalho, equivalendo a uma variação positiva de 1,4% no acumulado do ano. Para a Região Metropolitana de Salvador (RMS), a taxa de desocupação em julho de 2009 foi de 11,4% contra 12,1% em julho de 2008, representando uma queda de 0,7%. Com relação ao emprego formal, tendo por base os dados do CAGED para a Bahia, verifica-se um saldo de 23.098 vagas com carteira de trabalho assinada geradas no primeiro semestre de 2009. O total de admissões (298.712) superou o total de desligamentos (275.614) acumulados no semestre.
No lado do rendimento, os indicadores demonstram que a renda dos trabalhadores baianos não apresentou grandes perdas durante o ápice da crise econômica, inclusive, em conjunto com outras medidas de incentivo ao consumo, como, por exemplo, a redução de IPI sobre alguns bens de consumo (automóveis, eletrodomésticos e Materiais de construção), contribuíram para estimular a demanda doméstica. Os resultados da PED mostram que a massa de rendimentos médios reais dos ocupados registrou aumento em junho de 2009 de 2,2% em relação ao mesmo mês de 2008, confirmando a manutenção do poder de compra dos consumidores.
Nos últimos dias, a greve dos bancários brecou um pouco o bom ritmo de expansão que o mercado vinha apresentando desde meados de agosto, mas as expectativas para o final do ano voltam a ser as melhores possíveis.
O Brasil, a Bahia e seu comércio varejista, com destaque para nosso seguimento de Material de Construção, demonstraram que estão bastante amadurecidos e preparados, tanto do ponto de vista, vocacional, como pelo empreendedorismo dos que abriram novas lojas, e ao mesmo tempo pela cautela de outros, para enfrentar momentos de turbulências econômicas, como dessa maldita crise, que já vai passando sem deixar saudades.
O final de ano vem ai, com 13*, férias, parcelas de restituição de IR, maior expansão de crédito tanto para pessoas jurídicas como física dentre outras situações que aquecerão a economia. É hora dos que estavam chorando colocar o lenço de lado, e dos que estavam apreensivos voltar a sorrir. É preciso está atento para a reposição de estoques, pois o programa “minha casa, minha vida” estar gerando uma demanda muito grande em itens como cimento, ferro, madeira, PVC, entre outros, e pode haver falta de produtos e conseqüentemente aumento de preços. Portanto é bom se antecipar aos fatos para não ficar chupando o dedo na hora de comer o bolo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Estatísticas dos campeonatos brasileiros por pontos corridos

Com o título de campeão brasileiro de 2008, o São Paulo também se consagra como o time que mais somou pontos na era dos “pontos corridos”, que teve início em 2003. É de fato e de direito o grande campeão dos campeões, pelo menos até o final da temporada de 2010, quiçá 2011. Salvo a remota hipótese do São Paulo cai para segunda divisão ele não poderá ser alcançado por nenhum time nos próximos 02 anos. O Cruzeiro foi o primeiro campeão, seguido por Santos e Corinthians, em seguida, três títulos seqüenciais do São Paulo. O time do Morumbi tem até 2008, 448 pontos com (60,2%) de aproveitamento, seguido pelo Santos com 406, 42 a menos, ou seja, dificilmente nos próximos dois a três anos (2009 / 2010 / 2011) algum outro time supere o São Paulo em pontos.
Ao todo, foram disputados 248 jogos em 06 anos de campeonato, o São Paulo conquistou 128 vitórias, 64 empates e 56 derrotas. O clube marcou 423 vezes, mesmo número de gols que o Santos e inferior apenas aos 428 do Cruzeiro. A defesa sofreu 264 gols e é a melhor, com apenas 1,065 gol sofrido por jogo.
O Santos com o vice campeonato de 2003 e com o título de 2004 está em segundo lugar geral, com 406 pontos (116 V 58 E e 74 D). O Cruzeiro, primeiro campeão (2003) é o terceiro colocado no geral com 396, seguido pelo Internacional, em 4* com 394. O Goiás, com 364 é o quinto. Atlético (PR) é o sexto. Em seguida vem os cariocas, Flamengo sétimo com 352 e Fluminense oitavo com 338, o Flu deverá perder algumas posições esse ano. Surpresa para o Figuerense na nona posição com 335, esse ano disputa a 2* e deve perder posições. O meu VASCÃO é o décimo com 317 pontos, esse ano também deve perde posições, pois disputa a série B, o Vasco deve cai para 16*, será ultrapassado por: Palmeiras 11* com 316, (diputou a B em 2003), Corinthians que apesar do título de 2005, está apenas na 12* com 311 pontos, (ano passado, disputou a série B). Grêmio 13* com 286 pontos (também disputou a B em 2005). O Paraná é 14* com 281 (disputa a B este ano) e deverá cai três posições. O 15* é galo mineiro (Atlênti-MG - também disputou a B em 2006). O glorioso Botafogo é o 16* (disputou a B em 2003). 17* Juventude (disputa a B este ano). 18* Coritiba (disputou a B em 2007), 19* São Caetano e 20* Ponte Preta (disputam a B este ano). Os times baianos aparecem em 21* Vice-tória com 156 pontos (diputou a B dois anos e C um ano, este ano ganha na pior das hipóteses a posição da Macaca) e o SUPER-homem (Bahia) em apenas 28* com 46 pontos (também está na B desde 2004 com dois anos na NEGRA série C, esse ano se Deus quiser o Super-homem escapa desse inferno). O lanterna é o América (RN) com 17 pontos (disputa a B esse ano com sérios riscos de cair para C). Esse ano temos mais três times novos, (Barueri, Santo André, Avaí) que devem ultrapassar o América (RN) e até mesmo o Bahia (o Avaí praticamente já ultrapassou, o Santo André piriga cair e não ultrapassar). Desde o início da disputa por pontos corridos em 2003, este ano apenas 8 clubes disputaram todos os brasileiros de pontos corridos. São eles: Fluminense, Flamengo, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Internacional, Atlético-PR e Goiás;
Ainda há outros 4 clubes que nunca caíram desde a implantação do campeonato por pontos corridos, porém não partiparam de todos, visto que vieram da série B: Palmeiras, Botafogo, Náutico e Sport;
Somente em 2 edições o campeonato teve a participação dos 12 maiores clubes do país: (São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Vasco, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Atlêntico (MG), Cruzeiro, Internacional e Grêmio)em 2004 e 2007.
Por fim apenas os clubes: Flamengo, São Paulo, Santos, Cruzeiro e Internacional (05) ao todo, nunca disputaram uma segunda divisão de Campeonato Brasileiro instituído em 1971.


Algumas estatísticas:

Mais pontos: São Paulo – 448
Mais vitórias:São Paulo – 128
Melhor saldo de gols: São Paulo – 159
Melhor defesa (média): São Paulo – 1,065
Melhor ataque (geral): Cruzeiro – 428 gols
Melhor ataque (média): Cruzeiro – 1,726 gols por jogo
Pior ataque (média): América-RN – 0,632 gols por jogo
Pior defesa (média): América-RN – 2,105 gols por jogo
Pior defesa (geral): Vasco – 390 gols
Mais empates: Fluminense – 72

CLASSIFICAÇÃO GERAL POR PONTOS CORRIDOS - 2003 a 2008
1º São Paulo – 448
2º Santos – 406
3º Cruzeiro – 396
4º Inter – 394
5º Goiás – 364
6º Atlético-PR – 355
7º Flamengo – 352
8º Fluminense – 338
9º Figueirense – 335
10º Vasco – 317
11º Palmeiras – 316
12º Corinthians – 311
13º Grêmio – 286
14º Paraná – 281
15º Atlético-MG – 275
16º Botafogo – 269
17º Juventude – 266
18º Coritiba – 237
19º São Caetano – 215
20º Ponte Preta – 204
21º Vitória – 156
22º Paysandu – 146
23º Fortaleza – 142
24º Criciúma – 110 e Guarani – 110
26º Sport – 103
27º Náutico – 93
28º Bahia – 46
29º Brasiliense – 41
30º Portuguesa – 38
31º Ipatinga – 35
32º Santa Cruz – 28
33º América-RN – 17

Sobe preço de material de construção

O comércio varejista de material de construção começou a repassar, este mês, o aumento nos preços fixados pelas indústrias de PVC e de produtos feitos com alumínio, cobre e zinco. Esses materiais sofreram reajustes de 12% e, até outubro, terão novos reajustes de 20%, totalizando um impacto de 30% em três meses. Além de tubos e conexões, estão sofrendo o impacto insumos de construção como janelas de alumínio, fechaduras, torneiras, pás de pedreiro, carrinhos de mão, enxadas.
“Estamos realizando o repasse da forma menos traumática possível para o consumidor final”, salientou o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz. Este é o segundo setor que usufrui de descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e que reajustou os preços em agosto. Na semana passada, a indústria automobilística aumentou o valor dos carros entre 0,5% e 1%.
Segundo Conz, o reajuste é explicado pela pressão do mercado internacional influenciada pela crise econômica. “As indústrias do plástico (PVC) e dos três metais reduziram suas produções, mas o mercado voltou a comprar, o que desencadeou o aumento. Menos oferta, maior o preço. Isso demonstra, no entanto, uma leve recuperação da economia mundial”, comentou o presidente da Anamaco.
Ele reforça a peculiaridade desses setores. “Existem apenas quatro indústrias de PVC que fornecem para o mundo todo. Elas reduziram suas produções e a retomada demora. No caso do cobre, que em janeiro estava cotado a US$ 3.500 a tonelada, hoje está a US$ 6.200”. Os produtos são negociados na Bolsa de Londres.
O executivo pondera que o lado positivo é que estes insumos representam apenas 5% do total de uma obra. “Cimento, aço e tinta, que têm uma relevância maior, estão com os preços estáveis e não estão sofrendo pressão”, salientou. O presidente da Anamaco avalia que o aumento poderá, no entanto, ter um rebatimento negativo no programa do governo Minha casa, minha vida, que não aceita aumento no valor dos imóveis a serem contruídos com incentivo federal.
O aumento chega numa época de crescimento de vendas no setor de materiais de construção e a expectativa é que o consumidor passe a adiantar as compras dos produtos que estão em fase de encarecimento. “O ideal é não deixar para comprar metais e PVC em dezembro. Até porque cimento e outros não estão sofrendo pressão.”

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Momento Econômico da Bahia - junho/09

Conforme previsão feita no artigo publicado nesse conceituado Jornal, EDIÇÃO 549, de 24/07/09, as vendas do comércio baiano cresceram 7% no mês de junho, em relação à igual período do ano passado. Já na comparação com o mês anterior, maio/09, a variação foi de (-1,2%), de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE e analisada em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
A expansão de 7% do comércio da Bahia, foi maior do que a média nacional, que ficou em 5,6% frente a 2008. Ficando inclusive a frente de estados do porte de Minas Gerais 3,7%, Rio de Janeiro 4,2% e Paraná 6,3%. A taxa de expansão do comércio varejista da Bahia, no mês junho foi uma das mais expressivas do ano, ao lado da expansão de abril, também de 7%. Segundo avaliação do secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, “o aumento do crédito para financiamento, o aumento do emprego formal e as medidas de desoneração fiscal para determinados segmentos do varejo contribuíram para impulsionar o consumo”.
“As taxas de recuperação do comércio varejista baiano indicam uma recuperação da nossa economia frente à crise econômica internacional. E começa a ficar claro que encerraremos o ano com a franca retomada do crescimento e incremento dos investimentos do Estado” palavras do secretário.
No primeiro semestre de 2009, em comparação com o mesmo período do ano passado, o comércio baiano acumulou crescimento de 4,6%. As principais contribuições positivas nesse período vieram dos ramos de outros artigos de uso pessoal e doméstico, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, livros, jornais, revistas e papelaria e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, setores cujas vendas são bastante influenciadas pela renda dos consumidores.
Em junho/09 comparado com junho/08, houve expansão em cinco dos oito ramos de atividade que compõem o indicador. Os principais destaques foram os segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico 27,8%, seguido de livros, jornais, revistas e papelaria 12%, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 11%, móveis e eletrodomésticos 10,2% e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foi de 6,7%.
O ramo de hipermercados, supermercados, produtos, alimentícios, bebidas e fumo, responde com 40% da formação da taxa geral e as sucessivas expansões, com destaque para os meses de abril/09 e junho/09 contribuíram para o bom resultado geral da taxa. Já nos ramos que não integram o indicador do varejo, mas são pesquisados – veículos, motocicletas, partes e peças – as vendas aumentaram 24,9%, enquanto as de material de construção permaneceram registrando queda de -5,7%. As contribuições negativas para o indicador vieram de equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação, -43,4%, tecidos, vestuário e calçados, -3,2%, e Combustíveis e lubrificantes, -0,7%.
O ramo Materiais de Construção mesmo com a queda de -5,7% registrado em junho/09 em comparação com junho/08, vem demonstrando reação, uma vez que “as quedas” vêm diminuindo, em abril houve queda de quase -12%, em maio recuou para um pouco mais de -9%, em junho -5,7%, e acredito que, se não já a partir de julho, com certeza em agosto o setor já apresentará crescimento frente ao mesmo mês de 2008.
Os números de emprego e desemprego na Bahia em julho/09 apresentaram incremento de 9.792 empregos celetistas, um crescimento de 0,72% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês de junho/09. O saldo de julho foi obtido pela diferença entre os 57.724 trabalhadores admitidos menos os 47.932 desligados. Segundo análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED/ MTE), este resultado foi o melhor dos meses de julho já registrados pelo CAGED na Bahia e o segundo melhor resultado do País, atrás apenas de São Paulo que gerou 52.811 postos de trabalho. O saldo positivo da Bahia decorreu, principalmente, da expansão nos setores da construção civil com 3.824, devido principalmente a construção de moradias do programa “minha casa minha vida” do governo federal, dos serviços com 2.532, da Agropecuária com 1.470 postos, da indústria de transformação com 995 e por fim do comércio varejista com 980.

A construção civil, representou 39% dos empregos gerados, e setor de serviços 26%. A Região Metropolitana de Salvador contribui com 4.894 empregos, equivalendo a aproximadamente 50,0% do total estadual e o interior gerou 4.898 postos, ou seja, os outros 50,0%. Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, os dez maiores saldos foram em Salvado 3.761, Casa Nova 1.227, Juazeiro 863, Lauro de Freitas 708, Barra do Choça 627, Camaçari 357, a nossa querida Feira de Santana 309, Jequié 298, Maragogipe 241, e Vitória da Conquista 194.

Os dados de geração de emprego em julho/09 estão com certeza antevendo o resultado de mais uma forte expansão que o comércio varejista baiano deverá apresentar a partir desse segundo semestre. O dado preocupante, principalmente para o setor de materiais de construção, é que boa parte das industrias, talvez 90%, não investiram em expansão de produção, e com a aceleração das obras de moradias para o projeto “minha casa minha vida” pode haver falta de produtos no mercado. Como quem avisa amigo é, sugiro que os lojistas e construtores comecem a planejar seus estoques e compras de final de ano desde já, para na hora do aumento das vendas não ficarem “chupando o dedo” sem mercadorias para vender.
O cavalo ta passando selado, aqueles que souberem montar, com certeza, terão muito que comemorar com as vendas do segundo semestre, os quem não souberem, ou dormirem no ponto, vão continuar chorando e reclamando da crise econômica, e ai, não tem papai Noel que ajude.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Comparativo de juros (Taxa Selic x Taxa Bancária)

A redução na taxa básica de juros, a SELIC, é um dos instrumentos de políticas monetárias que o governo dispõe para alavancar a economia nacional. No Brasil no entanto, essa prática tem surtido pouco efeito, pois a taxa selic é apenas uma referência, estando bastante distante das taxas de juros da “economia real”.
São os empréstimos e financiamentos feitos pelas pessoas físicas e jurídicas através dos bancos e das empresas (financeiras ou não-financeiras) que colocam dinheiro no mercado fazendo a economia do país crescer e gera mais emprego e renda. Com o custo do dinheiro alto, as empresas e pessoas físicas ficam temerosas em contrair dívidas para fazer novos investimentos e/ou comprar bens de consumo durável.
Desde dezembro/08, o Copom (Comitê de política monetária) reduziu a taxa selic de 13,75% para os atuais 8,75%, ou seja, redução de 5 pontos percentuais ou 36,36% de queda real.
Por outro lado as taxas de juros da economia real continuam na estratosfera, o abominável spread bancário, diferença entre a taxa de juros que as instituições financeiras pagam na captação do dinheiro e a que cobram dos clientes, vem caindo em ritmo bem mais lento que o juro básico da economia (Selic). Segundo dados do Banco Central (BC), o spread médio praticado pelos bancos caiu de 30,5% em janeiro para 27,2% em junho, ou seja, redução de 3,3% pontos percentuais, ou 10,82%. A diferença entre a redução da selic e a redução dos juros bancários no período de dezembro/09 a julho/09 é de 1,7 pontos percentuais ou 34%, é sso mesmo, mais de 1/3. Pergunta-se: Isso se deve à inadimplência, que ainda está em ascensão? Ou os bancos aproveitam que o produto que vendem (dinheiro) está escasso para cobrar mais caro.?
O debate sobre spread bancário não é novo no Brasil, mas tende a crescer por causa da queda da Selic para níveis historicamente baixos. Uma simulação feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) indica, por exemplo, que o juro médio cobrado no comércio fica em 106% ao ano com a Selic atual, de 8,75%. Ou seja, o financiamento equivale a mais de 12 vezes a taxa básica do País.
Segundo estudos internacionais (um deles do Fundo Monetário Internacional), o spread no Brasil é o mais alto do mundo. Os bancos atribuem essa situação a uma série de fatores: inadimplência mais elevada do que em outros países, impostos na intermediação financeira, depósitos compulsórios e despesas administrativas. O governo, por sua vez , avalia que o que falta é concorrência no setor.
Os dados da taxa de inadimplência do mês de julho/09, desmente com veemência as argumentações dos bancos. Na média do crédito livre, a inadimplência cresceu pelo sétimo mês seguido passando, no entanto, de 5,5% para 5,7% (parcelas de empréstimos com atraso superiores a 90 dias). Com esse, pequeno aumento, de apenas 0,2%, a inadimplência do crédito livre retoma o nível recorde da série histórica, que havia sido observado em setembro de 2000. O aumento da inadimplência foi liderado em junho pelas operações destinadas às empresas. Nesse segmento, a taxa subiu de 3,2% em maio para 3,4% em junho. Entre as pessoas físicas, o porcentual seguiu estável em 8,6%. Ou seja, não se justifica a diferença de 27,20% (taxa cobrada pelos bancos) para a taxa de re-empréstimo (8,75%) que é a Selic.
Em junho/09 temos as seguintes taxas de juros médias: cheque especial em 139,24%, ao passo que os do cartão de crédito chega a 237,93%, crédito direto ao consumidor 38,96%, empréstimos pessoal 85,84%, a taxa média de empréstimos das financeiras 256,33%, desconto de duplicatas 50,57%, descontos de cheques 52,14%, capital de giro 53,43% e por fim, cheque especial pessoa jurídica 79,29%.
Mesmo com todas as pressões feitas pela Sr. Lula da Silva, as taxas do Bancão do Brasil e da Caixa Econômica continuam no mesmo patamar dos demais bancos privados, assim não há concorrência certa. Como disse no inicio, o objetivo do governo com os corte dos juros básicos, é que os bancos façam o mesmo para os consumidores e empresas, afim de estimular o consumo, diante da desaceleração do ritmo de atividade que dominou a economia desde o fim do ano passado, provocada pela crise financeira internacional. Porém o que ocorre é que dos dez bancos pesquisados pela Fundação Procon-SP, oito reduziram os juros do empréstimo pessoal e dois mantiveram as taxas no mês passado. Na lista das instituições que cortaram os juros neste mês estão os bancos Safra, Nossa Caixa, Santander, Real, Itaú, Bradesco, HSBC e o próprio Banco do Brasil (BB).
No empréstimo pessoal, o maior corte da taxa foi efetuado pelo banco Safra, de 1 ponto percentual, de 6,90% para 5,90% ao mês, seguido por Nossa Caixa, com redução de 0,32 ponto., de 4,90% para 4,58%. BB, que tem sido pressionado pelo governo para reduzir as taxas, alterou de 4,60% para 4,58%, decréscimo de 0,02 ponto percentual ante abril. A Caixa, outro banco público federal, manteve as taxas de crédito pessoal. No o cheque especial, a maior redução foi da Nossa Caixa, de 8,80% para 7,82%. Apesar do corte nos juros médios do empréstimo pessoal e do cheque especial, a Fundação Procon-SP, pondera ainda que as taxas ao consumidor ainda são altas.
Ainda sobre o Banco do Brasil, como já comentado, a queda dos juros no empréstimo pessoal foi irrisória. A taxa estava em 4,60% ao mês em abril e caiu para 4,58% em maio. A redução de 0,02 ponto porcentual só perde para o corte feito pelo HSBC, que foi de 0,01 ponto porcentual no mesmo período. Mas, no caso do cheque especial, o BB está entre os três bancos que não cortaram os juros no mês de maio
Veja abaixo um quadro comparativo elaborado pelo Eng. Eng. Pedro P. Kudlinski (MBA)
OS BANCOS COMPRAM (Taxa Básica) CADA R$ 100,00 DO DINHEIRO ALHEIO POR R$ 8,75 POR ANO E O VENDEM (Taxa de Financiamento) por R$ 80,00 (5% ao mês no mínimo). Lucro de 814% no ano para o sistema financeiro sem muito trabalho, prática que nem exige tanta habilidade do segmento produtivo da economia. Exclusive todos os demais aumentos nas margens de lucro a exemplo das tarifas bancárias, taxas de administração, também de fundos de investimentos, etc., etc.. O SISTEMA FINANCEIRO PRIVADO BRASILEIRO - o mais lucrativo de todo o universo -, PRECISA DE UMA PROFUNDA E RADICAL REFORMA, antes de quaisquer outras. PRINCIPIANDO PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Desde 1995, os bancos não páram de bater e superar todos os recordes em lucratividade. Desde 1995, temos tido os menores ou os piores crescimentos da economia mundial. COINCIDÊNCIA OU PURA LÓGICA? Não fosse a mudança de metodologia (sic)do PIB estaríamos amargando recessões de 4% a 5% ao ano.
Pelo jeito teremos que continuar rezando e muito para o salário reder até o final do mês, pois se precisarmos de empréstimo...como bem disse o nosso presidente, vamos todos “sifu”...

Fontes Bibliográficas:
Jornal O Estado de São Paulo de 22 de maio de 2009, & 27 de julho de 2009;
Jornal Valor Econômico de 22 de maio de 2009, & 24 de julho de 2009;
Jornal Folha de São Paulo de 22 de maio de 2009.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Desafios das Empresas com a “terceira idade”

No Brasil, a expectativa de vida já é de 68 anos para homens e 76 para mulheres. Para os que chegam aos 60 anos, à esperança de vida é ainda maior: as mulheres ganham mais 23, indo aos 83 anos e os homens, 19 ou 79 anos.
Dados revelam que, entre 1940 e 2006, o número de idosos no país aumentou 11 vezes. E o mais curioso é que a população com mais de 80 anos é a que mais cresce. O Brasil já tem 18,5 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Para 2020 estima-se que serão 30 milhões, podendo chegar a 64 milhões em 2050, ou até 30% da população total.
A grande maioria considera que vive o melhor momento de suas vidas. Prezam sua independência financeira, valorizam suas experiências e, mesmo que apresentem limitações físicas, não as consideram incapacitantes. No geral, acham um privilégio o fato de terem envelhecido. Muitos no entanto reclamam de preconceito e sentem-se desvalorizados pelos mais jovens. Também se queixam muito do transporte público e de serviços médicos. Gostam de estar com a família, mas não querem mais ter obrigações. E, o principal: não querem depender dos filhos, fazendo questão de manter sua autoridade e autonomia financeira e social.
Quatro em cada cinco idosos são os principais responsáveis pelo sustento da casa onde moram, principalmente nas classes mais baixas, em que a aposentadoria tem um peso significativo na renda familiar.
A última pesquisa sobre longevidade, entrevistou cerca 2 mil pessoas das classes A, B e C em seis cidades de todas as regiões do País, com exceção da região Norte. Também foram realizados grupos focais e pesquisas etnográficas durante os anos de 2008 e 2009. Segundo o Professor José Libânio, na classe C, 82% das pessoas com mais de 60 anos, a chamada “terceira idade” mantém os lares. Na classe A o percentual é de 80% e de 76% na classe B. Para as classes mais pobres, o fato de poder contar com uma renda certa e segura, faz toda a diferença. A partir da aposentadoria, a renda se torna constante, ou seja, até a morte.
A pesquisa mostra que, para os idosos, as piores coisas de envelhecer são: doenças físicas (53%), ser desrespeitado (20%) e a solidão (15%). Por outro lado, 78% discordam que a velhice é um tipo de doença. Para 73% dos entrevistados, ser idoso é motivo de tranqüilidade. Para 30%, a velhice é sinônimo de preocupação. Três em cada quatro consideram que o melhor de envelhecer é não ter horário para nada.
A grande maioria na faixa que vai dos 60 aos 73 anos, não gostam de ser tratados como “idosos” nem tão pouco de diferenciação de tratamento ou comprimento “senhor ou senhora” preferem ser chamados de você, sobretudo as mulheres.
Os velhos estereótipos de acessórios de moda associados a “terceira idade” como “chapéus”, “bengalas”, “dentaduras”, “xales”, “calças com suspensórios”, “cadeira de balanço” entre outros, deixaram a muito de fazer parte do dia a dia dos sessentões. Atualmente, homens e mulheres que passaram dos 60 anos, estão voltando às universidades para estudar, arte (pintura, música), língua estrangeira e até mesmo uma profissão que ficou perdida num sonho de juventude (medicina, advocacia, engenharia etc.).
Os sessentões de hoje se organizam em excussões para viajar, assistir teatro, shows musicais etc. Gostam de se vestir alegremente, fugindo do tradicional “tons pastéis”. O Turismo, sem dúvida, é o segmento que mais crescer com essa nova forma de consumo e de estilo de vida da “terceira idade”. É evidente no entanto que para viajar, é preciso todo um planejamento. Diferentemente dos jovens que com um par de tênis, duas bermudas, uma calça e algumas camisetas da à volta ao mundo, os mais “experientes” gostam de organizar tudo antes de sair para “novas aventuras”. Escolhem cuidadosamente os roteiros, os meios de transportes, as hospedagens, as companhias e claro, as roupas, os acessórios e os mimos como máquinas fotográficas e câmeras de vídeo.
O GRANDE desafio das empresas reside ai. Como conquistar essa “massa ávida por consumo” tratando-a de maneira individual e personalizada (respeitando suas limitações físicas, sócias e econômicas), e ao mesmo tempo sem tratá-las de forma “diferenciada”, “excludente” das demais pessoas. Ou seja, se eu vendo roupa, tenho que ter camisas que vistam de forma jovial um homem ou mulher de 60 anos sem no entanto perder de vista o conforto, a leveza e a descrição que eles merecem, no entanto, não posso criar padrões distintos entre as suas vestimentas e a dos demais homens e mulheres de menor idade, pois isso seria exclusão, e os sessentões de hoje não aceitam serem diferenciados (excluídos, rotulados) em relação aos mais jovens. Se abrir uma casa de dança só para sessentões, muitos não irão para não se sentirem mais “velhos” ainda. Se no entanto, é voltada para publico mais jovens isso pode afugentá-los, pois serão destacados na multidão.
Eis o desafio aos “marqueteiros” e aos grandes empresários – conquistar e cativar o público de alto poder de consumo que é a “terceira idade” com produtos que sirvam para o perfil deles, mas que não sejam exclusivos para eles, produtos diferenciados, mas que não os rotulem como “velhos” ou pior “coroas”.
E a pergunta que fica é: Sua empresa tem funcionários treinados para lidar com esse público? Tem produtos adequados? Você sabe quanto vende para esse público? Sua propaganda alcança esse público? Você faz parte desse público e nem se deu conta? Está mais do que na hora de rever seus conceitos de empresário e cidadão...
No Brasil, a expectativa de vida já é de 68 anos para homens e 76 para mulheres. Para os que chegam aos 60 anos, à esperança de vida é ainda maior: as mulheres ganham mais 23, indo aos 83 anos e os homens, 19 ou 79 anos.
Dados revelam que, entre 1940 e 2006, o número de idosos no país aumentou 11 vezes. E o mais curioso é que a população com mais de 80 anos é a que mais cresce. O Brasil já tem 18,5 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Para 2020 estima-se que serão 30 milhões, podendo chegar a 64 milhões em 2050, ou até 30% da população total.
A grande maioria considera que vive o melhor momento de suas vidas. Prezam sua independência financeira, valorizam suas experiências e, mesmo que apresentem limitações físicas, não as consideram incapacitantes. No geral, acham um privilégio o fato de terem envelhecido. Muitos no entanto reclamam de preconceito e sentem-se desvalorizados pelos mais jovens. Também se queixam muito do transporte público e de serviços médicos. Gostam de estar com a família, mas não querem mais ter obrigações. E, o principal: não querem depender dos filhos, fazendo questão de manter sua autoridade e autonomia financeira e social.
Quatro em cada cinco idosos são os principais responsáveis pelo sustento da casa onde moram, principalmente nas classes mais baixas, em que a aposentadoria tem um peso significativo na renda familiar.
A última pesquisa sobre longevidade, entrevistou cerca 2 mil pessoas das classes A, B e C em seis cidades de todas as regiões do País, com exceção da região Norte. Também foram realizados grupos focais e pesquisas etnográficas durante os anos de 2008 e 2009. Segundo o Professor José Libânio, na classe C, 82% das pessoas com mais de 60 anos, a chamada “terceira idade” mantém os lares. Na classe A o percentual é de 80% e de 76% na classe B. Para as classes mais pobres, o fato de poder contar com uma renda certa e segura, faz toda a diferença. A partir da aposentadoria, a renda se torna constante, ou seja, até a morte.
A pesquisa mostra que, para os idosos, as piores coisas de envelhecer são: doenças físicas (53%), ser desrespeitado (20%) e a solidão (15%). Por outro lado, 78% discordam que a velhice é um tipo de doença. Para 73% dos entrevistados, ser idoso é motivo de tranqüilidade. Para 30%, a velhice é sinônimo de preocupação. Três em cada quatro consideram que o melhor de envelhecer é não ter horário para nada.
A grande maioria na faixa que vai dos 60 aos 73 anos, não gostam de ser tratados como “idosos” nem tão pouco de diferenciação de tratamento ou comprimento “senhor ou senhora” preferem ser chamados de você, sobretudo as mulheres.
Os velhos estereótipos de acessórios de moda associados a “terceira idade” como “chapéus”, “bengalas”, “dentaduras”, “xales”, “calças com suspensórios”, “cadeira de balanço” entre outros, deixaram a muito de fazer parte do dia a dia dos sessentões. Atualmente, homens e mulheres que passaram dos 60 anos, estão voltando às universidades para estudar, arte (pintura, música), língua estrangeira e até mesmo uma profissão que ficou perdida num sonho de juventude (medicina, advocacia, engenharia etc.).
Os sessentões de hoje se organizam em excussões para viajar, assistir teatro, shows musicais etc. Gostam de se vestir alegremente, fugindo do tradicional “tons pastéis”. O Turismo, sem dúvida, é o segmento que mais crescer com essa nova forma de consumo e de estilo de vida da “terceira idade”. É evidente no entanto que para viajar, é preciso todo um planejamento. Diferentemente dos jovens que com um par de tênis, duas bermudas, uma calça e algumas camisetas da à volta ao mundo, os mais “experientes” gostam de organizar tudo antes de sair para “novas aventuras”. Escolhem cuidadosamente os roteiros, os meios de transportes, as hospedagens, as companhias e claro, as roupas, os acessórios e os mimos como máquinas fotográficas e câmeras de vídeo.
O GRANDE desafio das empresas reside ai. Como conquistar essa “massa ávida por consumo” tratando-a de maneira individual e personalizada (respeitando suas limitações físicas, sócias e econômicas), e ao mesmo tempo sem tratá-las de forma “diferenciada”, “excludente” das demais pessoas. Ou seja, se eu vendo roupa, tenho que ter camisas que vistam de forma jovial um homem ou mulher de 60 anos sem no entanto perder de vista o conforto, a leveza e a descrição que eles merecem, no entanto, não posso criar padrões distintos entre as suas vestimentas e a dos demais homens e mulheres de menor idade, pois isso seria exclusão, e os sessentões de hoje não aceitam serem diferenciados (excluídos, rotulados) em relação aos mais jovens. Se abrir uma casa de dança só para sessentões, muitos não irão para não se sentirem mais “velhos” ainda. Se no entanto, é voltada para publico mais jovens isso pode afugentá-los, pois serão destacados na multidão.
Eis o desafio aos “marqueteiros” e aos grandes empresários – conquistar e cativar o público de alto poder de consumo que é a “terceira idade” com produtos que sirvam para o perfil deles, mas que não sejam exclusivos para eles, produtos diferenciados, mas que não os rotulem como “velhos” ou pior “coroas”.
E a pergunta que fica é: Sua empresa tem funcionários treinados para lidar com esse público? Tem produtos adequados? Você sabe quanto vende para esse público? Sua propaganda alcança esse público? Você faz parte desse público e nem se deu conta? Está mais do que na hora de rever seus conceitos de empresário e cidadão...

sábado, 18 de julho de 2009

Show de Caetano Veloso - zii & zie

O novo show de Caetano Veloso, zii & zie, apresentando ontem no espaço Mega Fest em Feira de Santana, durou exatamente 1:35Hs. Marcado para as 21:00hs, começou as 22:20hs. Um show enxutíssimo, ao lado da ótima Banda Cê formada por Pedro Sá (guitarra), Marcelo Callado (baixo e teclado) e Ricardo Dias Gomes (bateria e segunda voz), Caetano estava na sua melhor forma, dançou, correu de um lado ao outro do palco, pulou, gritou, fez caras e bocas e claro, encantou a todos.
Caetano mesclou as novas canções com algumas pérolas antigas, começou cantando o “pagodão” – tem que ser viola, tem que ser viola – e emendou com – kudoro, kuduro - . Ele reinterpretou, no formato de “transambas” ou “transrocks”, clássicos do repertório de Clementina de Jesus e outros de sua autoria, como a insuperável “Trem das cores”, "Irene", "Eu Sou Neguinha?" – um dos momentos mágicos do show, onde todos ficavam eufóricos esperando a hora do refrão, e "Não Identificado".
Do CD novo destaque para canções como "A Cor Amarela", a mais pop do disco. "Menina da Ria", contrapondo a clássica "Menino do Rio", "Tarado Ni Você" , "A Base de Guantánamo" uma espécie de irmã gringa de "Noites do Norte". A mais bonita de todas "Lapa" "Cool e popular". Teve também as faixas "Perdeu" que conta a história barra-pesada de um garoto que cresce na favela ("Cresceu, vingou, permaneceu, aprendeu nas bordas da favela / Mandou, julgou, condenou, salvou, executou, soltou, prendeu..."), uma linda poesia concreta no melhor estilo Arnaldo Antunes. "Sem Cais", música que Caetano compôs com o guitarrista Pedro Sá, resultou em uma das melhores canções de "Zii e Zie". Pedro Sá também se destaca na minimalista "Por Quem?". Teve por fim, "Incompatibilidade de Gênios" e "Ingenuidade", que fazem parte do álbum que Clementina de Jesus gravou ao lado de Carlos Cachaça em 1976. As canções ficaram ótimas nos arranjos da guitarra de Pedro Sá. "Samba-indie" é a expressão mais correta para traduzir esse novo arranjo. "Lobão Tem Razão" ("Mas vale um lobão / Do que um leão / Meto um sincerão e nada se dá / O rock acertou / Quando você tocou com sua banda / E tamborim na escola de samba"), sem dúvida uma resposta para a canção "Para o Mano Caetano", que Lobão gravou em 2001. Tomara que Lobão replique, assim nos podemos ter mais uma ou duas boas músicas."Falso Leblon", e por fim "Diferentemente", faixa que, musicalmente, destoa do álbum, mas no show ninguém percebeu, estávamos todos encantados com CAETANO.
Após aplausos incansáveis ELE voltou e cantou divinamente “Força estranha” acompanhada em coro por todos, pena que de saidera só teve essa, o público bem que pediu mais, mas, para Caetano já tava de bom tamanho.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Momento Econômico da Bahia

MOMENTO ECONÔMICO
Nem “marolinha” nem “ tsunami”, a crise econômica mundial chegou ao Brasil e a nossa Bahia, porém os seus efeitos não foram fraquinhos, nem tão pouco devastadores. O comércio varejista do estado da Bahia no mês de maio/09 (ainda não saiu os dados de junho/09) apresentou expansão de 6,9% no Volume de Vendas em relação à igual período do ano passado.
Desde o último trimestre de 2008 o comércio varejista do estado da Bahia começou a registrar desaquecimento das vendas. Neste ano, os dados apurados pela PMC, até maio, apesar de positivos vêm apresentando crescimento num ritmo mais lento se comparados com os obtidos no mesmo período de 2008. Razão pela qual, a variação acumulada nos cinco primeiros meses deste ano situou-se em 4,3%, muito inferior à taxa de 8,8% apresentada no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o varejo acumulou aumento de 6,0%, quando comparado com igual período do ano anterior, o que demonstra uma franca recuperação.
Os resultados obtidos de janeiro a maio demonstraram que, as principais contribuições positivas registradas pelo setor vieram dos ramos, cujas vendas são influenciadas pela renda dos consumidores, como: Outros artigos de uso pessoal e doméstico, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, Livros, jornais, revistas e papelaria e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos. Por outro lado, nesse período, os segmentos que dependem, essencialmente, de crédito, como: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e Móveis e eletrodomésticos foram os principais responsáveis pelas contribuições negativas na formação do indicador do Volume de Vendas.
Dos oito segmentos que compõem o Volume de Vendas do comercio varejista da bahia, à exceção do de Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação que, pelo sétimo mês consecutivo, apresentou queda nas vendas (-30,8%), os demais ramos de atividade registraram variações positivas. Os principais destaques na formação desse indicador couberam aos ramos de Outros artigos de uso pessoal e domésticos (36,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (16,4%), seguidos de Combustíveis e lubrificantes (8,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (8,5%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,2%), enquanto que no subgrupo de Hipermercados e supermercados a taxa foi de (4,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%) e Móveis e eletrodomésticos (1,0%).
Nos ramos que não integram o indicador do varejo: Veículos, motocicletas, partes e peças, as vendas aumentaram (4,1%) e o de Material de Construção permaneceu registrando queda nas vendas (9,5%). Esses dois ramos, juntamente com o de móveis e eletrodomésticos, foram beneficiados com a redução do IPI, o setor automotivo é que vem apresentando melhor desempenho, a expectativa é que o setor de materiais de construção reaja bem agora no segundo semestre, uma vez que sazonalmente esse já é o melhor período para o setor, e esse ano, com o programa “minha casa, minha vida” a tendência é de retomada. Com a diminuição da taxa “Selic” de juros de 13,75% para 9,25%, a tendência é de uma retomada no crédito direto ao consumidor, elevando assim, o patamar de compras para produtos da chamada “linha branca” e materiais de construção.
Segundo dados da Serasa, o número de cheques sem fundo bateu recorde histórico no país até o mês de maio-09. Os cheques sem fundos assinalaram 25,2 devoluções de cheques a cada mil compensações, a maior já registrada desde 1991. Os cheques (voadores) porém não são o maior vilão da inadimplência, perdem para as dívidas com cartões de crédito e parcelas de empréstimos não pagas a financeiras.
A crise existe, veio forte, porém as medidas do governo (redução de juros, programa habitacional, redução de IPI), os dissídios coletivos, e o próprio “otimismo” dos empresários e consumidores tem atenuados os sues efeitos. Seguramente teremos um segundo semestre mais lucrativo, principalmente para aqueles que ao invés de ficarem chorando, arregaçarem as mangas e partir para vender lenço. Na vida e no comércio é sempre assim, há os que sonham e há os que ficam acordados e os realizam.

Fonte:
SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA.
Salvador: SEI, 2009.