terça-feira, 28 de julho de 2009

Desafios das Empresas com a “terceira idade”

No Brasil, a expectativa de vida já é de 68 anos para homens e 76 para mulheres. Para os que chegam aos 60 anos, à esperança de vida é ainda maior: as mulheres ganham mais 23, indo aos 83 anos e os homens, 19 ou 79 anos.
Dados revelam que, entre 1940 e 2006, o número de idosos no país aumentou 11 vezes. E o mais curioso é que a população com mais de 80 anos é a que mais cresce. O Brasil já tem 18,5 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Para 2020 estima-se que serão 30 milhões, podendo chegar a 64 milhões em 2050, ou até 30% da população total.
A grande maioria considera que vive o melhor momento de suas vidas. Prezam sua independência financeira, valorizam suas experiências e, mesmo que apresentem limitações físicas, não as consideram incapacitantes. No geral, acham um privilégio o fato de terem envelhecido. Muitos no entanto reclamam de preconceito e sentem-se desvalorizados pelos mais jovens. Também se queixam muito do transporte público e de serviços médicos. Gostam de estar com a família, mas não querem mais ter obrigações. E, o principal: não querem depender dos filhos, fazendo questão de manter sua autoridade e autonomia financeira e social.
Quatro em cada cinco idosos são os principais responsáveis pelo sustento da casa onde moram, principalmente nas classes mais baixas, em que a aposentadoria tem um peso significativo na renda familiar.
A última pesquisa sobre longevidade, entrevistou cerca 2 mil pessoas das classes A, B e C em seis cidades de todas as regiões do País, com exceção da região Norte. Também foram realizados grupos focais e pesquisas etnográficas durante os anos de 2008 e 2009. Segundo o Professor José Libânio, na classe C, 82% das pessoas com mais de 60 anos, a chamada “terceira idade” mantém os lares. Na classe A o percentual é de 80% e de 76% na classe B. Para as classes mais pobres, o fato de poder contar com uma renda certa e segura, faz toda a diferença. A partir da aposentadoria, a renda se torna constante, ou seja, até a morte.
A pesquisa mostra que, para os idosos, as piores coisas de envelhecer são: doenças físicas (53%), ser desrespeitado (20%) e a solidão (15%). Por outro lado, 78% discordam que a velhice é um tipo de doença. Para 73% dos entrevistados, ser idoso é motivo de tranqüilidade. Para 30%, a velhice é sinônimo de preocupação. Três em cada quatro consideram que o melhor de envelhecer é não ter horário para nada.
A grande maioria na faixa que vai dos 60 aos 73 anos, não gostam de ser tratados como “idosos” nem tão pouco de diferenciação de tratamento ou comprimento “senhor ou senhora” preferem ser chamados de você, sobretudo as mulheres.
Os velhos estereótipos de acessórios de moda associados a “terceira idade” como “chapéus”, “bengalas”, “dentaduras”, “xales”, “calças com suspensórios”, “cadeira de balanço” entre outros, deixaram a muito de fazer parte do dia a dia dos sessentões. Atualmente, homens e mulheres que passaram dos 60 anos, estão voltando às universidades para estudar, arte (pintura, música), língua estrangeira e até mesmo uma profissão que ficou perdida num sonho de juventude (medicina, advocacia, engenharia etc.).
Os sessentões de hoje se organizam em excussões para viajar, assistir teatro, shows musicais etc. Gostam de se vestir alegremente, fugindo do tradicional “tons pastéis”. O Turismo, sem dúvida, é o segmento que mais crescer com essa nova forma de consumo e de estilo de vida da “terceira idade”. É evidente no entanto que para viajar, é preciso todo um planejamento. Diferentemente dos jovens que com um par de tênis, duas bermudas, uma calça e algumas camisetas da à volta ao mundo, os mais “experientes” gostam de organizar tudo antes de sair para “novas aventuras”. Escolhem cuidadosamente os roteiros, os meios de transportes, as hospedagens, as companhias e claro, as roupas, os acessórios e os mimos como máquinas fotográficas e câmeras de vídeo.
O GRANDE desafio das empresas reside ai. Como conquistar essa “massa ávida por consumo” tratando-a de maneira individual e personalizada (respeitando suas limitações físicas, sócias e econômicas), e ao mesmo tempo sem tratá-las de forma “diferenciada”, “excludente” das demais pessoas. Ou seja, se eu vendo roupa, tenho que ter camisas que vistam de forma jovial um homem ou mulher de 60 anos sem no entanto perder de vista o conforto, a leveza e a descrição que eles merecem, no entanto, não posso criar padrões distintos entre as suas vestimentas e a dos demais homens e mulheres de menor idade, pois isso seria exclusão, e os sessentões de hoje não aceitam serem diferenciados (excluídos, rotulados) em relação aos mais jovens. Se abrir uma casa de dança só para sessentões, muitos não irão para não se sentirem mais “velhos” ainda. Se no entanto, é voltada para publico mais jovens isso pode afugentá-los, pois serão destacados na multidão.
Eis o desafio aos “marqueteiros” e aos grandes empresários – conquistar e cativar o público de alto poder de consumo que é a “terceira idade” com produtos que sirvam para o perfil deles, mas que não sejam exclusivos para eles, produtos diferenciados, mas que não os rotulem como “velhos” ou pior “coroas”.
E a pergunta que fica é: Sua empresa tem funcionários treinados para lidar com esse público? Tem produtos adequados? Você sabe quanto vende para esse público? Sua propaganda alcança esse público? Você faz parte desse público e nem se deu conta? Está mais do que na hora de rever seus conceitos de empresário e cidadão...
No Brasil, a expectativa de vida já é de 68 anos para homens e 76 para mulheres. Para os que chegam aos 60 anos, à esperança de vida é ainda maior: as mulheres ganham mais 23, indo aos 83 anos e os homens, 19 ou 79 anos.
Dados revelam que, entre 1940 e 2006, o número de idosos no país aumentou 11 vezes. E o mais curioso é que a população com mais de 80 anos é a que mais cresce. O Brasil já tem 18,5 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Para 2020 estima-se que serão 30 milhões, podendo chegar a 64 milhões em 2050, ou até 30% da população total.
A grande maioria considera que vive o melhor momento de suas vidas. Prezam sua independência financeira, valorizam suas experiências e, mesmo que apresentem limitações físicas, não as consideram incapacitantes. No geral, acham um privilégio o fato de terem envelhecido. Muitos no entanto reclamam de preconceito e sentem-se desvalorizados pelos mais jovens. Também se queixam muito do transporte público e de serviços médicos. Gostam de estar com a família, mas não querem mais ter obrigações. E, o principal: não querem depender dos filhos, fazendo questão de manter sua autoridade e autonomia financeira e social.
Quatro em cada cinco idosos são os principais responsáveis pelo sustento da casa onde moram, principalmente nas classes mais baixas, em que a aposentadoria tem um peso significativo na renda familiar.
A última pesquisa sobre longevidade, entrevistou cerca 2 mil pessoas das classes A, B e C em seis cidades de todas as regiões do País, com exceção da região Norte. Também foram realizados grupos focais e pesquisas etnográficas durante os anos de 2008 e 2009. Segundo o Professor José Libânio, na classe C, 82% das pessoas com mais de 60 anos, a chamada “terceira idade” mantém os lares. Na classe A o percentual é de 80% e de 76% na classe B. Para as classes mais pobres, o fato de poder contar com uma renda certa e segura, faz toda a diferença. A partir da aposentadoria, a renda se torna constante, ou seja, até a morte.
A pesquisa mostra que, para os idosos, as piores coisas de envelhecer são: doenças físicas (53%), ser desrespeitado (20%) e a solidão (15%). Por outro lado, 78% discordam que a velhice é um tipo de doença. Para 73% dos entrevistados, ser idoso é motivo de tranqüilidade. Para 30%, a velhice é sinônimo de preocupação. Três em cada quatro consideram que o melhor de envelhecer é não ter horário para nada.
A grande maioria na faixa que vai dos 60 aos 73 anos, não gostam de ser tratados como “idosos” nem tão pouco de diferenciação de tratamento ou comprimento “senhor ou senhora” preferem ser chamados de você, sobretudo as mulheres.
Os velhos estereótipos de acessórios de moda associados a “terceira idade” como “chapéus”, “bengalas”, “dentaduras”, “xales”, “calças com suspensórios”, “cadeira de balanço” entre outros, deixaram a muito de fazer parte do dia a dia dos sessentões. Atualmente, homens e mulheres que passaram dos 60 anos, estão voltando às universidades para estudar, arte (pintura, música), língua estrangeira e até mesmo uma profissão que ficou perdida num sonho de juventude (medicina, advocacia, engenharia etc.).
Os sessentões de hoje se organizam em excussões para viajar, assistir teatro, shows musicais etc. Gostam de se vestir alegremente, fugindo do tradicional “tons pastéis”. O Turismo, sem dúvida, é o segmento que mais crescer com essa nova forma de consumo e de estilo de vida da “terceira idade”. É evidente no entanto que para viajar, é preciso todo um planejamento. Diferentemente dos jovens que com um par de tênis, duas bermudas, uma calça e algumas camisetas da à volta ao mundo, os mais “experientes” gostam de organizar tudo antes de sair para “novas aventuras”. Escolhem cuidadosamente os roteiros, os meios de transportes, as hospedagens, as companhias e claro, as roupas, os acessórios e os mimos como máquinas fotográficas e câmeras de vídeo.
O GRANDE desafio das empresas reside ai. Como conquistar essa “massa ávida por consumo” tratando-a de maneira individual e personalizada (respeitando suas limitações físicas, sócias e econômicas), e ao mesmo tempo sem tratá-las de forma “diferenciada”, “excludente” das demais pessoas. Ou seja, se eu vendo roupa, tenho que ter camisas que vistam de forma jovial um homem ou mulher de 60 anos sem no entanto perder de vista o conforto, a leveza e a descrição que eles merecem, no entanto, não posso criar padrões distintos entre as suas vestimentas e a dos demais homens e mulheres de menor idade, pois isso seria exclusão, e os sessentões de hoje não aceitam serem diferenciados (excluídos, rotulados) em relação aos mais jovens. Se abrir uma casa de dança só para sessentões, muitos não irão para não se sentirem mais “velhos” ainda. Se no entanto, é voltada para publico mais jovens isso pode afugentá-los, pois serão destacados na multidão.
Eis o desafio aos “marqueteiros” e aos grandes empresários – conquistar e cativar o público de alto poder de consumo que é a “terceira idade” com produtos que sirvam para o perfil deles, mas que não sejam exclusivos para eles, produtos diferenciados, mas que não os rotulem como “velhos” ou pior “coroas”.
E a pergunta que fica é: Sua empresa tem funcionários treinados para lidar com esse público? Tem produtos adequados? Você sabe quanto vende para esse público? Sua propaganda alcança esse público? Você faz parte desse público e nem se deu conta? Está mais do que na hora de rever seus conceitos de empresário e cidadão...

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